Conheça o LUME: Lugar de Memória

Para além de Lugar de Memória, "Lume" também significa "luz", "clarão", "fogueira", derivados do latim lumen. Tal nomenclatura encontra ainda mais sentido quando pensamos no objetivo do espaço: valorizar e preservar a memória, lançando luz sobre os fatos e a história da repressão no Estado do Paraná.

O LUME: Lugar de Memória

Pensado como um espaço proativo e à disposição da comunidade como agente social e transformador ao promover exposições, debates e intercâmbios, o LUME: Lugar de Memória é também uma forma de cumprir com a justiça. Em 2017, o Relatório da Comissão Estadual da Verdade do Paraná - Teresa Urban, em suas recomendações, determinou a criação de um espaço no Centro Judiciário de Curitiba, dedicado à memória dos anos de repressão e resistência durante a ditadura militar brasileira (1964-1985).

A partir das memórias sensíveis e difíceis sobre torturas, traumas, dores e medos, sejam individuais ou coletivas, pretendemos promover a educação, a democracia e os direitos humanos.

O Centro Judiciário: breve história

Concluído em 1903, o prédio que hoje abriga o Centro Judiciário do Ahú foi a sede inicial da Hospital Nossa Senhora da Luz, administrado pela Irmandade da Santa Casa, funcionando como um asilo psiquiátrico. Em 1905, Vicente Machado, presidente do Paraná, solicitou que o prédio fosse cedido para dar lugar à primeira penitenciária do Estado. Quatro anos depois, em 1909, a penitenciária contava com 52 celas e abrigava 55 detentos, sendo seis mulheres e 49 homens.

Na primeira foto, o prédio no ano de sua reinauguração após as reformas, em 2018. Ao compararmos com a segunda foto, podemos notar a manutenção da fachada externa do prédio.